quarta-feira, 1 de março de 2017

Verbos e outras classes

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
            Sou um ignorante, um pobre homem de cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro - e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais - mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua - não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas - mas na glória de seu crescimento, tal como o vi em uma noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento - e em outra madrugada parecia um galo cantando.
            Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
(Dezembro, 1945. Rubem Braga)



1. (Fuvest 1989)  "... e a flor de milho não será a mais linda...". (2° parágrafo)

a) Explique o valor do futuro do presente nessa frase. Reescreva-a substituindo a forma verbal por uma expressão equivalente.
b) Lembre dois outros empregos do futuro do presente. Dê exemplos e esclareça o valor de cada um deles.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
O ENTERRADO VIVO

É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.

É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.

É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.

É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. OBRAS COMPLETAS. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967, p. 81)


2. (Unesp 1990)  Os três primeiros versos instauram uma relação entre passado/presente/futuro, sendo que a ideia de "presente" é retomada no restante do poema. Analise a primeira relação e mostre como a ideia de presente permanece nas demais estrofes.
  
3. (Unesp 1990)  A palavra "sempre", no último verso do poema de Drummond, é repetida, porém manifestada em classes gramaticais diferentes.
a) Quais são essas classes gramaticais?
b) Que efeito de sentido essa diferença de classe gramatical provoca no poema?
  
4. (Fuvest 2017)  Leia este texto, publicado em 1905.

            Por toda parte, a 1verbiagem, oca, inútil e vã, a retórica [...] pomposa, a erudição míope, o aparato de sabedoria resumem toda a elaboração intelectual. [...] Aceitam-se e proclamam-se os mais altos representantes da intelectualidade: os retóricos inveterados, cuja palavra abundante e preciosa impõe-se como sinal de gênio, embora não se encontrem nos seus longos discursos e muitos volumes nem uma ideia original, nem uma só observação própria. E disto ninguém se escandaliza; o escândalo viria se houvera originalidade.

Manoel Bomfim, A América Latina: males de origem. Adaptado.

1verbiagem: falatório longo mas com pouco sentido ou utilidade; verborragia.


a) O sentido que se atribui, no texto, à palavra “retórica” é o de “arte da eloquência, arte de bem argumentar; arte da palavra” (Houaiss)? Justifique.
b) Mantendo-se o sentido que eles têm no contexto, que outra forma os verbos “se encontrem” e “houvera” poderiam assumir?

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O DISCURSO

Natividade é que não teve distrações de espécie alguma. Toda ela estava nos filhos, e agora especialmente na carta e no discurso. Começou por não dar resposta às 1efusões políticas de Paulo; foi um dos conselhos do conselheiro. Quando o filho tornou pelas férias tinha esquecido a carta que escrevera.
O discurso é que ele não esqueceu, mas quem é que esquece os discursos que faz? Se são bons, a memória os grava em bronze; se ruins, deixam tal ou qual amargor que dura muito. 2O melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-los excelentes, e, se a razão não aceita esta imaginação, consultar pessoas que a aceitem, e crer nelas. A opinião é um velho óleo incorruptível.
Paulo tinha talento. O discurso naquele dia podia pecar aqui ou ali por alguma ênfase, e uma ou outra ideia vulgar e exausta. Tinha talento Paulo. Em suma, o discurso era bom. Santos achou-o excelente, leu-o aos amigos e resolveu transcrevê-lo nos jornais. 3Natividade não se opôs, mas entendia que algumas palavras deviam ser cortadas.
– Cortadas, por quê? perguntou Santos, e ficou esperando a resposta.
– Pois você não vê, Agostinho; estas palavras têm sentido republicano, explicou ela relendo a frase que a afligira.
Santos ouvia-as ler, leu-as para si, e não deixou de lhe achar razão. Entretanto, não havia de as suprimir.
– Pois não se transcreve o discurso.
– Ah! isso não! O discurso é magnífico, e não há de morrer em S. Paulo; é preciso que a Corte o leia, e as províncias também, e até não se me daria fazê-lo traduzir em francês. Em francês, pode ser que fique ainda melhor.
– Mas, Agostinho, isto pode fazer mal à carreira do rapaz; o imperador pode ser que não goste...
Pedro, que assistia desde alguns instantes ao debate, interveio docemente para dizer que os receios da mãe não tinham base; era bom pôr a frase toda, e, a rigor, não diferia muito do que os liberais diziam em 1848.
– Um monarquista liberal pode muito bem assinar esse trecho, concluiu ele depois de reler as palavras do irmão.
– Justamente! 4assentiu o pai.
5Natividade, que em tudo via a inimizade dos gêmeos, suspeitou que o intuito de Pedro fosse justamente comprometer Paulo. Olhou para ele a ver se lhe descobria essa intenção torcida, mas a cara do filho tinha então o aspecto do entusiasmo. Pedro lia trechos do discurso, acentuando as belezas, repetindo as frases mais novas, cantando as mais redondas, revolvendo-as na boca, tudo com tão boa sombra que a mãe perdeu a suspeita, e a impressão do discurso foi resolvida. Também se tirou uma edição em folheto, e o pai mandou encadernar ricamente sete exemplares, que levou aos ministros, e um ainda mais rico para a Regente.

MACHADO DE ASSIS
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.


1efusão − manifestação expansiva de sentimentos
4assentir − concordar


5. (Uerj 2017)  Natividade não se opôs, mas entendia que algumas palavras deviam ser cortadas. (ref. 3)

A voz verbal na oração sublinhada põe em destaque a sugestão de Natividade em relação ao discurso do filho.

Identifique essa voz verbal e justifique seu emprego no texto, a partir da afirmativa acima.
  
6. (Fgv 2016)  No primeiro aniversário da morte de Luís Garcia, Iaiá foi com o marido ao cemitério, afim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades. Outra coroa havia ali sido posta, com uma fita aonde lia-se estas palavras: – A meu marido. Iaiá beijou com ardor a singela dedicatória, como beijaria a madrasta se ela lhe aparecesse naquele instante. Era sincera a piedade da viúva. Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões.

(Machado de Assis. Iaiá Garcia, 1983. Adaptado)


a) No texto, há duas passagens que foram transcritas em discordância com a norma-padrão da língua portuguesa. Transcreva-as e faça as devidas correções.
b) Explique que sentido assume a preposição “com” na formação das expressões nas passagens “Iaiá foi com o marido ao cemitério” e “Iaiá beijou com ardor a singela dedicatória”.
  
7. (Pucrj 2014) 
            Podemos primeiramente distinguir dois grandes sentidos da palavra liberdade.
            Quando tratamos das relações entre “democracia e liberdade”, ou quando nos perguntamos se em tal país se é livre, ou quando invocamos as liberdades políticas, as liberdades fundamentais, ou ainda quando dizemos de um homem que ele é livre (por oposição a um escravo ou a um preso), referimo-nos ao que se pode chamar liberdade de direito, isto é, em linhas gerais, a ausência de coerções externas – as interdições e as obrigações – nascidas do Estado, da coletividade ou da sociedade. [...]
            Há um segundo sentido, que se pode chamar liberdade de fato, por oposição à de direito: não se trata mais de perguntar “é permitido fazer (dizer, pensar)?”, mas “é possível fazer (pensar querer...)?”. Não nos referimos mais à ausência de coerções extrínsecas (as leis civis, as obrigações sociais, as regras coletivas, as interdições...), mas intrínsecas – aquelas que concernem ao próprio sujeito. [...]
            Com efeito, não basta, por exemplo, que eu viva num país onde há liberdade de viajar ao exterior para poder fazê-lo, mesmo se eu quiser. Posso ser impedido por minha situação social ou simplesmente por meus recursos financeiros: passamos aqui do problema formal da liberdade política (a questão do regime) ao problema da justiça econômica (o sistema social), e desta não depende mais apenas a questão da liberdade “formal” (temos o direito de fazer?), e sim a questão da liberdade “material” (temos o meio de fazer?). Pode haver também outros obstáculos para exercer um direito política e juridicamente reconhecido; posso, por exemplo, ser deficiente físico, estar doente etc. Seja como for, a característica mais geral dessa liberdade como “capacidade de fazer o que se quer” é ser gradual – ao contrário da precedente que existe ou não existe – e proporcional aos meios de que dispõe o sujeito – de qualquer ordem que sejam: meios econômicos, físicos, culturais etc. Quanto maiores os meios (riqueza, cultura, saúde, força etc.), mais se pode fazer o que se quer, e portanto se é mais, nesse sentido.

Texto adaptado de WOLFF, Francis. “A invenção materialista da liberdade”. In: NOVAES, Adauto (org.). O avesso da liberdade.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 16-17


a) O texto reporta-se a dois conceitos distintos de liberdade. Identifique-os e, usando suas próprias palavras, explique a diferença que existe entre eles.

b) Sem que haja alteração de sentido, reescreva cada trecho abaixo, observando o início proposto a seguir e fazendo as modificações necessárias.

i. Não basta que eu viva num país onde há liberdade de viajar ao exterior para poder fazê-lo, mesmo se eu quiser.
Não bastava­­­______________________________________________

ii. Posso ser impedido de viajar ao exterior por minha situação social.
Minha situação social________________________________________
  
8. (Fuvest 2016)  Leia este texto.

O tempo personalizou minha forma de falar com Deus, mas sempre termino a conversa com um pai-nosso e uma ave-maria.
(...)
Metade da ave-maria é uma saudação floreada para, só no final, pedir que ela rogue por nós. No pai-nosso, sempre será um mistério para mim o “mas” do “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Me parece que, a princípio, se o Pai não nos deixa cair em tentação, já estará nos livrando do mal.

Denise Fraga, www1.folha.uol.com.br, 07/07/2015. Adaptado.


a) Mantendo-se a relação de sentido existente entre os segmentos “não nos deixeis cair em tentação” / “mas livrai-nos do mal”, a conjunção “mas” poderia ser substituída pela conjunção e, de modo a dissipar o “mistério” a que se refere a autora? Justifique.
b) Sem alterar seu sentido, reescreva o trecho da oração citado pela autora, colocando os verbos “deixeis” e “livrai” na terceira pessoa do singular.
  
9. (Pucrj 2015)  A tarefa de desenvolver as capacidades intelectuais e morais do sujeito universal, como condição de aprimoramento da personalidade do indivíduo, juntamente com a inserção social e a reprodução dos conteúdos culturais da tradição, formam o esteio da intencionalidade educativa moderna. A escola deve assumir o compromisso com o desenvolvimento das estruturas mentais do sujeito para que ele seja capaz de operar em níveis de abstração elevada. 1Essa é uma condição necessária para que os processos de tomada de consciência superem a racionalidade instrumental e habilitem o sujeito frente às possibilidades da competência comunicativa. 

Cabe à escola favorecer uma aprendizagem crítica do conhecimento científico, promover a discursividade dos alunos e a discussão pública das formas de racionalidade subjacentes aos processos escolares. [...] A construção de uma razão que se descentra é condição necessária para que o sujeito reconheça outras razões e seja capaz de agir com competência no discurso argumentativo, fundamental para a racionalidade comunicativa que opera nas bases de um pensamento refletido, tornando conscientes os seus esquemas de ação.

Texto adaptado de LIMA, João Francisco Lopes de. A reconstrução da tarefa educativa: uma alternativa para a crise e a desesperança. Porto Alegre: Editora Mediação, 2003, p. 103.


a) Reescreva o trecho a seguir sem a palavra que. Faça as modificações necessárias.

“Essa é uma condição necessária para que os processos de tomada de consciência superem a racionalidade instrumental e habilitem o sujeito frente às possibilidades da competência comunicativa” (referência 1)

b) Com relação à frase abaixo, faça o que é pedido a seguir.

“A escola deve assumir o compromisso com o desenvolvimento das estruturas mentais do sujeito para que ele seja capaz de operar em níveis de abstração elevada.”

i. Determine o valor semântico do verbo auxiliar dever na locução “deve assumir”.
ii. Indique um outro verbo auxiliar que mantenha o mesmo sentido da expressão sublinhada e que forme uma locução verbal com o verbo operar:
  
10. (Pucrj 2015)  A amizade, nos séculos XVIII e XIX, é aceita, valorizada, mas não está em evidência. O amor, o casal e a família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles, desempenhando muitas vezes papéis secundários. A amizade é alegria suplementar, marca de uma eleição, não é uma instituição. Ela estabelece redes de influência, inventa lugares de convivência e laços de resistência enquanto se multiplicam para a maioria as oportunidades de encontros e de interações.

Todos a dizem essencial: na verdade, é “acessória”. Seu exercício voluntário torna-lhe a existência mais frágil, mais submetida ao acaso. Os valores da amizade parecem tanto mais invocados quanto mais outras obrigações, outras injunções tendem a limitar de fato a possibilidade do seu exercício. A amizade no entanto se exerce, ela ocupa, é atuante. Esse exercício da amizade forma e transforma: praticando-o, elaboram-se tanto o si mesmo quanto o entre-si. Indo ao encontro dos outros, é ao encontro de si mesma que a pessoa se lança. Nela se conjugam a alegria comum e o ethos, que eu gostaria de traduzir ao mesmo tempo como uso e como fragmento de ética.

VINCENT-BUFFAULT, Anne. Da amizade: uma história do exercício da amizade nos séculos XVIII e XIX. Trad. de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996. p. 9.


a) O texto revela o caráter secundário da amizade nos séculos XVIII e XIX, o que fica explícito em “O amor, o casal e a família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles, desempenhando muitas vezes papéis secundários.” Transcreva do 2º parágrafo do texto o adjetivo que reitera essa ideia.

b) Tendo em vista a regra básica de concordância verbal, identifique o sujeito de “se multiplicam”, no último período do 1º parágrafo do texto.

c) No texto, há o predomínio de um determinado tempo verbal. Identifique-o e explique o seu emprego.
 
Gabarito:  

Resposta da questão 1:
 a) Nessa frase o futuro do presente atenua o tom imperativo.
... e a flor de milho não deve ser a mais linda...

b) Passarei no exame: expressão de um fato que deverá acontecer após o momento da fala.
Será verdade?: valor de incerteza, de hipótese.  

Resposta da questão 2:
 O presente se mostra na impossibilidade do eu-lírico vencer seus limites, daí o "pânico".  

Resposta da questão 3:
 a) Advérbio e substantivo (no meu SEMPRE)
b) A circunstância transforma-se em substância, reforçando a perenidade da ausência.  

Resposta da questão 4:
 a) Não. O sentido é de “adornos empolados ou pomposos de um discurso” (acepção extraída do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).

b) Considerando que a oração “embora não se encontrem nos seus longos discursos e muitos volumes nem uma ideia original, nem uma só observação própria” está na voz passiva sintética; a outra forma que o verbo “encontrar” poderia assumir, mantendo-se o sentido, seria a voz passiva analítica: “embora não sejam encontradas nos seus longos discursos e muitos volumes nem uma ideia original, nem uma só observação própria”.
Na oração “o escândalo viria se houvera [pretérito mais-que-perfeito do indicativo] originalidade”, o verbo “haver” poderia sem substituído, sem alteração de sentido, por “houvesse” [pretérito imperfeito do subjuntivo].   

Resposta da questão 5:
 Voz passiva.

A preocupação de Natividade eram as palavras a serem cortadas e não quem as cortaria.  

Resposta da questão 6:
 a) As duas passagens são: “afim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades” e “...com uma fita aonde lia-se estas palavras: — A meu marido”.
Suas correções são, respectivamente: “a fim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades” (a locução conjuntiva final não pode ser confundida com o adjetivo “afim”) e “...com uma fita onde liam-se estas palavras: — A meu marido” (em primeiro lugar, não há verbo que solicite a presença da preposição “a” combinada com a preposição “onde”; em seguida, a voz passiva sintética a partir de verbo transitivo direto, caso de “ler”, implica concordância com o sujeito – no caso, “estas palavras”).
b) Em “Iaiá foi com o marido ao cemitério”, a preposição “com” indica companhia; já em “Iaiá beijou com ardor a singela dedicatória”, a mesma preposição tem valor de modo.   

Resposta da questão 7:
 a) O primeiro conceito se refere à liberdade de direito, ou seja, à possibilidade de alguém agir sem ser impedido por causa de restrições externas a ele, como regras e proibições. O segundo conceito se refere à liberdade de fato, ou seja, à possibilidade de alguém agir sem ser impedido por causa de restrições internas, como saúde e meios econômicos.

b) i. Não bastava que eu vivesse num país onde houvesse liberdade de viajar ao exterior para poder fazê-lo, mesmo se eu quisesse.

ii. Minha situação social pode me impedir de viajar ao exterior.  

Resposta da questão 8:
 a) Se a conjunção “mas” fosse substituída pela conjunção “e”, o estranhamento da autora desapareceria, pois a segunda oração deixaria de constituir oposição à primeira e seria entendida como um outro pedido a Deus: “não nos deixeis cair em tentação” / “e livrai-nos do mal”.

b) Se a segunda pessoa do plural dos termos verbais “deixeis” e “livrai” fosse substituída pela terceira pessoa do singular, a frase correta seria:  não nos deixe cair em tentação, mas livre-nos do mal.  

Resposta da questão 9:
 a) Essa é uma condição necessária para os processos de tomada de consciência superarem a racionalidade instrumental e habilitarem o sujeito frente às possibilidades da competência comunicativa.

b) i. O verbo auxiliar na locução “deve assumir” apresenta valor semântico de obrigação.
ii. O sentido da expressão verbal “seja capaz” seria mantido se o auxiliar fosse substituído por possa (possa operar).  

Resposta da questão 10:
 a) O adjetivo é a palavra “acessória”.
b) O sujeito é “oportunidades de encontros e de interações.”
c) Há predomínio pelo presente do indicativo para tratar até mesmo de ações do passado.  




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