TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
Sou um ignorante, um pobre homem de
cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas
folhas além do muro - e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de
milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais - mas é
diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão,
numa esquina de rua - não é um número numa lavoura, é um ser vivo e
independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e
verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas - mas na glória de
seu crescimento, tal como o vi em uma noite de luar, o pé de milho parecia um
cavalo empinado, as crinas ao vento - e em outra madrugada parecia um galo
cantando.
Anteontem aconteceu o que era
inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho
pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais
linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio
enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem.
É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um
belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma
chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
(Dezembro, 1945. Rubem Braga)
1. (Fuvest 1989) "... e a flor de milho não será a mais linda...". (2°
parágrafo)
a)
Explique o valor do futuro do presente nessa frase. Reescreva-a substituindo a
forma verbal por uma expressão equivalente.
b)
Lembre dois outros empregos do futuro do presente. Dê exemplos e esclareça o
valor de cada um deles.
TEXTO PARA AS
PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
O ENTERRADO VIVO
É
sempre no passado aquele orgasmo,
é
sempre no presente aquele duplo,
é
sempre no futuro aquele pânico.
É
sempre no meu peito aquela garra.
É
sempre no meu tédio aquele aceno.
É
sempre no meu sono aquela guerra.
É
sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre
na minha firma a antiga fúria.
Sempre
no mesmo engano outro retrato.
É
sempre nos meus pulos o limite.
É
sempre nos meus lábios a estampilha.
É
sempre no meu não aquele trauma.
Sempre
no meu amor a noite rompe.
Sempre
dentro de mim meu inimigo.
E
sempre no meu sempre a mesma ausência.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. OBRAS COMPLETAS. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967, p. 81)
2. (Unesp 1990) Os três primeiros versos instauram uma relação entre
passado/presente/futuro, sendo que a ideia de "presente" é retomada
no restante do poema. Analise a primeira relação e mostre como a ideia de
presente permanece nas demais estrofes.
3. (Unesp 1990) A palavra "sempre", no último verso do poema de Drummond, é
repetida, porém manifestada em classes gramaticais diferentes.
a)
Quais são essas classes gramaticais?
b)
Que efeito de sentido essa diferença de classe gramatical provoca no poema?
4.
(Fuvest 2017) Leia este texto, publicado
em 1905.
Por toda parte, a 1verbiagem, oca, inútil e vã, a
retórica [...] pomposa, a erudição míope, o aparato de sabedoria resumem
toda a elaboração intelectual. [...] Aceitam-se e proclamam-se os mais
altos representantes da intelectualidade: os retóricos inveterados, cuja
palavra abundante e preciosa impõe-se como sinal de gênio, embora não se
encontrem nos seus longos discursos e muitos volumes nem uma ideia original,
nem uma só observação própria. E disto ninguém se escandaliza; o escândalo
viria se houvera originalidade.
Manoel Bomfim, A América Latina: males de origem. Adaptado.
1verbiagem:
falatório longo mas com pouco sentido ou utilidade; verborragia.
a) O sentido que se atribui, no texto, à
palavra “retórica” é o de “arte da eloquência, arte de bem argumentar; arte da
palavra” (Houaiss)? Justifique.
b) Mantendo-se o sentido que eles têm no
contexto, que outra forma os verbos “se encontrem” e “houvera” poderiam
assumir?
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
O DISCURSO
Natividade
é que não teve distrações de espécie alguma. Toda ela estava nos filhos, e
agora especialmente na carta e no discurso. Começou por não dar resposta às 1efusões
políticas de Paulo; foi um dos conselhos do conselheiro. Quando o filho tornou
pelas férias tinha esquecido a carta que escrevera.
O
discurso é que ele não esqueceu, mas quem é que esquece os discursos que faz?
Se são bons, a memória os grava em bronze; se ruins, deixam tal ou qual amargor
que dura muito. 2O melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-los
excelentes, e, se a razão não aceita esta imaginação, consultar pessoas que a
aceitem, e crer nelas. A opinião é um velho óleo incorruptível.
Paulo
tinha talento. O discurso naquele dia podia pecar aqui ou ali por alguma
ênfase, e uma ou outra ideia vulgar e exausta. Tinha talento Paulo. Em suma, o
discurso era bom. Santos achou-o excelente, leu-o aos amigos e resolveu
transcrevê-lo nos jornais. 3Natividade não se opôs, mas entendia que
algumas palavras deviam ser cortadas.
–
Cortadas, por quê? perguntou Santos, e ficou esperando a resposta.
–
Pois você não vê, Agostinho; estas palavras têm sentido republicano, explicou
ela relendo a frase que a afligira.
Santos
ouvia-as ler, leu-as para si, e não deixou de lhe achar razão. Entretanto, não
havia de as suprimir.
–
Pois não se transcreve o discurso.
–
Ah! isso não! O discurso é magnífico, e não há de morrer em S. Paulo; é preciso
que a Corte o leia, e as províncias também, e até não se me daria fazê-lo
traduzir em francês. Em francês, pode ser que fique ainda melhor.
–
Mas, Agostinho, isto pode fazer mal à carreira do rapaz; o imperador pode ser
que não goste...
Pedro,
que assistia desde alguns instantes ao debate, interveio docemente para dizer
que os receios da mãe não tinham base; era bom pôr a frase toda, e, a rigor,
não diferia muito do que os liberais diziam em 1848.
–
Um monarquista liberal pode muito bem assinar esse trecho, concluiu ele depois
de reler as palavras do irmão.
–
Justamente! 4assentiu o pai.
5Natividade,
que em tudo via a inimizade dos gêmeos, suspeitou que o intuito de Pedro fosse
justamente comprometer Paulo. Olhou para ele a ver se lhe descobria essa intenção
torcida, mas a cara do filho tinha então o aspecto do entusiasmo. Pedro lia
trechos do discurso, acentuando as belezas, repetindo as frases mais novas,
cantando as mais redondas, revolvendo-as na boca, tudo com tão boa sombra que a
mãe perdeu a suspeita, e a impressão do discurso foi resolvida. Também se tirou
uma edição em folheto, e o pai mandou encadernar ricamente sete exemplares, que
levou aos ministros, e um ainda mais rico para a Regente.
MACHADO DE ASSIS
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1997.
1efusão − manifestação
expansiva de sentimentos
4assentir − concordar
5. (Uerj 2017) Natividade não se opôs, mas entendia que algumas palavras deviam ser
cortadas. (ref. 3)
A voz verbal na oração
sublinhada põe em destaque a sugestão de Natividade em relação ao discurso do
filho.
Identifique essa voz verbal
e justifique seu emprego no texto, a partir da afirmativa acima.
6. (Fgv 2016) No primeiro aniversário da
morte de Luís Garcia, Iaiá foi com o marido ao cemitério, afim de depositar na
sepultura do pai uma coroa de saudades. Outra coroa havia ali sido posta, com
uma fita aonde lia-se estas palavras: – A meu marido. Iaiá beijou com
ardor a singela dedicatória, como beijaria a madrasta se ela lhe aparecesse
naquele instante. Era sincera a piedade da viúva. Alguma coisa escapa ao
naufrágio das ilusões.
(Machado de Assis. Iaiá Garcia, 1983. Adaptado)
a)
No texto, há
duas passagens que foram transcritas em discordância com a norma-padrão da
língua portuguesa. Transcreva-as e faça as devidas correções.
b)
Explique que
sentido assume a preposição “com” na formação das expressões nas passagens
“Iaiá foi com o marido ao cemitério” e “Iaiá beijou com ardor a singela
dedicatória”.
7.
(Pucrj 2014)
Podemos
primeiramente distinguir dois grandes sentidos da palavra liberdade.
Quando
tratamos das relações entre “democracia e liberdade”, ou quando nos perguntamos
se em tal país se é livre, ou quando invocamos as liberdades políticas, as
liberdades fundamentais, ou ainda quando dizemos de um homem que ele é livre
(por oposição a um escravo ou a um preso), referimo-nos ao que se pode chamar liberdade
de direito, isto é, em linhas gerais, a ausência de coerções externas – as
interdições e as obrigações – nascidas do Estado, da coletividade ou da
sociedade. [...]
Há
um segundo sentido, que se pode chamar liberdade de fato, por oposição à
de direito: não se trata mais de perguntar “é permitido fazer (dizer,
pensar)?”, mas “é possível fazer (pensar querer...)?”. Não nos referimos
mais à ausência de coerções extrínsecas (as leis civis, as obrigações
sociais, as regras coletivas, as interdições...), mas intrínsecas –
aquelas que concernem ao próprio sujeito. [...]
Com
efeito, não basta, por exemplo, que eu viva num país onde há liberdade de
viajar ao exterior para poder fazê-lo, mesmo se eu quiser. Posso ser impedido
por minha situação social ou simplesmente por meus recursos financeiros:
passamos aqui do problema formal da liberdade política (a questão do
regime) ao problema da justiça econômica (o sistema social), e desta não
depende mais apenas a questão da liberdade “formal” (temos o direito de
fazer?), e sim a questão da liberdade “material” (temos o meio de fazer?). Pode
haver também outros obstáculos para exercer um direito política e juridicamente
reconhecido; posso, por exemplo, ser deficiente físico, estar doente etc. Seja
como for, a característica mais geral dessa liberdade como “capacidade de fazer
o que se quer” é ser gradual – ao contrário da precedente que existe ou não
existe – e proporcional aos meios de que dispõe o sujeito – de qualquer
ordem que sejam: meios econômicos, físicos, culturais etc. Quanto maiores os
meios (riqueza, cultura, saúde, força etc.), mais se pode fazer o que se quer,
e portanto se é mais, nesse sentido.
Texto adaptado
de WOLFF, Francis. “A invenção materialista da liberdade”. In: NOVAES, Adauto
(org.). O avesso da liberdade.
São Paulo:
Companhia das Letras, 2002. p. 16-17
a) O texto reporta-se a dois
conceitos distintos de liberdade. Identifique-os e, usando suas próprias
palavras, explique a diferença que existe entre eles.
b) Sem que haja alteração de
sentido, reescreva cada trecho abaixo, observando o início proposto a seguir e
fazendo as modificações necessárias.
i. Não basta que eu viva num país onde há liberdade de
viajar ao exterior para poder fazê-lo, mesmo se eu quiser.
Não bastava______________________________________________
ii. Posso ser impedido de viajar ao exterior por minha
situação social.
Minha situação social________________________________________
8. (Fuvest 2016) Leia este texto.
O
tempo personalizou minha forma de falar com Deus, mas sempre termino a conversa
com um pai-nosso e uma ave-maria.
(...)
Metade
da ave-maria é uma saudação floreada para, só no
final, pedir que ela rogue por nós. No pai-nosso, sempre será um mistério para mim o “mas” do “não nos deixeis
cair em tentação, mas livrai-nos
do mal”. Me parece que, a princípio, se o Pai não nos deixa cair em tentação,
já estará nos livrando do mal.
Denise Fraga, www1.folha.uol.com.br, 07/07/2015. Adaptado.
a) Mantendo-se a relação de
sentido existente entre os segmentos “não nos deixeis cair em tentação” / “mas
livrai-nos do mal”, a conjunção “mas” poderia ser substituída pela conjunção e,
de modo a dissipar o “mistério” a que se refere a autora? Justifique.
b) Sem alterar seu sentido,
reescreva o trecho da oração citado pela autora, colocando os verbos “deixeis”
e “livrai” na terceira pessoa do singular.
9. (Pucrj 2015) A tarefa de desenvolver as
capacidades intelectuais e morais do sujeito universal, como condição de
aprimoramento da personalidade do indivíduo, juntamente com a inserção social e
a reprodução dos conteúdos culturais da tradição, formam o esteio da
intencionalidade educativa moderna. A escola deve assumir o compromisso com o
desenvolvimento das estruturas mentais do sujeito para que ele seja capaz de
operar em níveis de abstração elevada. 1Essa é uma condição
necessária para que os processos de tomada de consciência superem a
racionalidade instrumental e habilitem o sujeito frente às possibilidades da
competência comunicativa.
Cabe à escola favorecer uma
aprendizagem crítica do conhecimento científico, promover a discursividade dos
alunos e a discussão pública das formas de racionalidade subjacentes aos processos
escolares. [...] A construção de uma razão que se descentra é condição necessária
para que o sujeito reconheça outras razões e seja capaz de agir com competência
no discurso argumentativo, fundamental para a racionalidade comunicativa que
opera nas bases de um pensamento refletido, tornando conscientes os seus
esquemas de ação.
Texto adaptado de LIMA, João Francisco Lopes de. A reconstrução da
tarefa educativa: uma alternativa para a crise e a desesperança. Porto
Alegre: Editora Mediação, 2003, p. 103.
a)
Reescreva
o trecho a seguir sem a palavra que. Faça as modificações
necessárias.
“Essa é uma condição necessária para que os
processos de tomada de consciência superem a racionalidade instrumental e
habilitem o sujeito frente às possibilidades da competência comunicativa”
(referência 1)
b)
Com
relação à frase abaixo, faça o que é pedido a seguir.
“A escola deve assumir o compromisso com o
desenvolvimento das estruturas mentais do sujeito para que ele seja capaz de
operar em níveis de abstração elevada.”
i. Determine o valor semântico
do verbo auxiliar dever na locução “deve assumir”.
ii.
Indique um
outro verbo auxiliar que mantenha o mesmo sentido da expressão sublinhada e que
forme uma locução verbal com o verbo operar:
10.
(Pucrj 2015) A amizade, nos séculos
XVIII e XIX, é aceita, valorizada, mas não está em evidência. O amor, o casal e
a família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a
eles, desempenhando muitas vezes papéis secundários. A amizade é alegria
suplementar, marca de uma eleição, não é uma instituição. Ela estabelece redes
de influência, inventa lugares de convivência e laços de resistência enquanto
se multiplicam para a maioria as oportunidades de encontros e de interações.
Todos a dizem essencial: na verdade, é
“acessória”. Seu exercício voluntário torna-lhe a existência mais frágil, mais
submetida ao acaso. Os valores da amizade parecem tanto mais invocados quanto
mais outras obrigações, outras injunções tendem a limitar de fato a
possibilidade do seu exercício. A amizade no entanto se exerce, ela ocupa, é
atuante. Esse exercício da amizade forma e transforma: praticando-o,
elaboram-se tanto o si mesmo quanto o entre-si. Indo ao encontro dos outros, é
ao encontro de si mesma que a pessoa se lança. Nela se conjugam a alegria comum
e o ethos, que eu gostaria de traduzir ao mesmo tempo como uso e como fragmento
de ética.
VINCENT-BUFFAULT,
Anne. Da amizade: uma história do exercício da amizade nos séculos XVIII e XIX.
Trad. de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.
p. 9.
a) O texto revela o caráter
secundário da amizade nos séculos XVIII e XIX, o que fica explícito em “O amor,
o casal e a família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade
acrescentam-se a eles, desempenhando muitas vezes papéis secundários.”
Transcreva do 2º parágrafo do texto o adjetivo que reitera essa ideia.
b) Tendo em vista a regra
básica de concordância verbal, identifique o sujeito de “se multiplicam”, no
último período do 1º parágrafo do texto.
c)
No texto, há o
predomínio de um determinado tempo verbal. Identifique-o e explique o seu
emprego.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
a) Nessa frase o futuro do presente atenua o tom imperativo.
a) Nessa frase o futuro do presente atenua o tom imperativo.
...
e a flor de milho não deve ser a mais linda...
b)
Passarei no exame: expressão de um fato que deverá acontecer após o momento da
fala.
Será verdade?: valor de incerteza, de hipótese.
Resposta da questão 2:
O presente se mostra na impossibilidade do eu-lírico vencer seus limites, daí o "pânico".
O presente se mostra na impossibilidade do eu-lírico vencer seus limites, daí o "pânico".
Resposta da questão 3:
a) Advérbio e substantivo (no meu SEMPRE)
a) Advérbio e substantivo (no meu SEMPRE)
b) A circunstância transforma-se em substância, reforçando a perenidade
da ausência.
Resposta da questão 4:
a) Não. O sentido é de “adornos empolados ou pomposos de um discurso” (acepção extraída do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).
a) Não. O sentido é de “adornos empolados ou pomposos de um discurso” (acepção extraída do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).
b) Considerando que a
oração “embora não se encontrem
nos seus longos discursos e muitos volumes nem uma ideia original, nem uma só
observação própria” está na voz passiva sintética; a outra forma que o verbo
“encontrar” poderia assumir, mantendo-se o sentido, seria a voz passiva
analítica: “embora não sejam encontradas nos seus longos discursos e
muitos volumes nem uma ideia original, nem uma só observação própria”.
Na oração “o escândalo viria se houvera
[pretérito mais-que-perfeito do indicativo] originalidade”, o verbo “haver”
poderia sem substituído, sem alteração de sentido, por “houvesse” [pretérito
imperfeito do subjuntivo].
Resposta da questão 5:
Voz passiva.
Voz passiva.
A preocupação
de Natividade eram as palavras a serem cortadas e não quem as cortaria.
Resposta da questão 6:
a) As duas passagens são: “afim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades” e “...com uma fita aonde lia-se estas palavras: — A meu marido”.
a) As duas passagens são: “afim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades” e “...com uma fita aonde lia-se estas palavras: — A meu marido”.
Suas correções são, respectivamente: “a
fim de depositar na sepultura do pai uma coroa de saudades” (a locução
conjuntiva final não pode ser confundida com o adjetivo “afim”) e “...com uma
fita onde liam-se estas palavras: — A meu marido” (em primeiro lugar,
não há verbo que solicite a presença da preposição “a” combinada com a
preposição “onde”; em seguida, a voz passiva sintética a partir de verbo
transitivo direto, caso de “ler”, implica concordância com o sujeito – no caso,
“estas palavras”).
b) Em “Iaiá
foi com o marido ao cemitério”, a preposição “com” indica companhia; já em
“Iaiá beijou com ardor a singela dedicatória”, a mesma preposição tem valor de
modo.
Resposta da
questão 7:
a) O primeiro conceito se refere à liberdade de direito, ou seja, à possibilidade de alguém agir sem ser impedido por causa de restrições externas a ele, como regras e proibições. O segundo conceito se refere à liberdade de fato, ou seja, à possibilidade de alguém agir sem ser impedido por causa de restrições internas, como saúde e meios econômicos.
a) O primeiro conceito se refere à liberdade de direito, ou seja, à possibilidade de alguém agir sem ser impedido por causa de restrições externas a ele, como regras e proibições. O segundo conceito se refere à liberdade de fato, ou seja, à possibilidade de alguém agir sem ser impedido por causa de restrições internas, como saúde e meios econômicos.
b) i. Não bastava
que eu vivesse num país onde houvesse liberdade de viajar ao exterior para
poder fazê-lo, mesmo se eu quisesse.
ii. Minha
situação social pode me impedir de viajar ao exterior.
Resposta da questão 8:
a) Se a conjunção “mas” fosse substituída pela conjunção “e”, o estranhamento da autora desapareceria, pois a segunda oração deixaria de constituir oposição à primeira e seria entendida como um outro pedido a Deus: “não nos deixeis cair em tentação” / “e livrai-nos do mal”.
a) Se a conjunção “mas” fosse substituída pela conjunção “e”, o estranhamento da autora desapareceria, pois a segunda oração deixaria de constituir oposição à primeira e seria entendida como um outro pedido a Deus: “não nos deixeis cair em tentação” / “e livrai-nos do mal”.
b) Se a
segunda pessoa do plural dos termos verbais “deixeis” e “livrai” fosse
substituída pela terceira pessoa do singular, a frase correta seria: não nos deixe cair em tentação, mas livre-nos do mal.
Resposta da questão 9:
a) Essa é uma condição necessária para os processos de tomada de consciência superarem a racionalidade instrumental e habilitarem o sujeito frente às possibilidades da competência comunicativa.
a) Essa é uma condição necessária para os processos de tomada de consciência superarem a racionalidade instrumental e habilitarem o sujeito frente às possibilidades da competência comunicativa.
b) i. O verbo auxiliar na locução “deve assumir” apresenta valor semântico de obrigação.
ii. O
sentido da expressão verbal “seja capaz” seria mantido se o auxiliar fosse
substituído por possa (possa operar).
Resposta da questão 10:
a) O adjetivo é a palavra “acessória”.
a) O adjetivo é a palavra “acessória”.
b) O sujeito é “oportunidades de encontros e de interações.”
c) Há predomínio pelo presente do indicativo para tratar até mesmo de
ações do passado.
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