domingo, 6 de agosto de 2017

FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS DE LINGUAGEM- EXERCÍCIOS E GABARITOS

01. (VUNESP) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
02. (PUC – SP) Nos trechos: “O pavão é um arco-íris de plumas” e “…de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira…” enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
03. (PUC – SP) Nos trechos: “…nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major” e “…o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopeia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopeia.
04. (VUNESP) Na frase: “O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô”, encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) “Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono.” (eufemismo)
b) “A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopeia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) “E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua…” (aliteração)
e) “Oh sonora 
audição colorida do aroma.” (sinestesia)
06. (UM – SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse 
vírus insubordinável a qualquer tratamento.
07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:
I.   “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II.  “A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos.”
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
08. (FEBA – SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) “Água de fonte ………. água de oceano …………. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) “A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia.” (Chico Buarque)
c) “Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então.” (Clarice Lispector)
d) “Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor.” (Mário Quintana)

09. (CESGRANRIO) Na frase “O fio da ideia cresceu, engrossou e partiu-se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
10. (FATEC) “Seus óculos eram imperiosos.” Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) “As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes.”
b) “Nasci na sala do 3° ano.”
c) “O bonde passa cheio de pernas.”
d) “O meu amor, paralisado, pula.”
e) “Não serei o poeta de um mundo caduco.”

NOVOS EXERCÍCIOS
01. Em “Seus olhos são dois céus em miniatura.”, temos:

   a)     Metonímia
   b)     Eufemismo
   c)     Metáfora
   d)     Prosopopeia
   e)     Pleonasmo

02. Professor, sempre o fui. A figura presente é:

   a)     catacrese
   b)     pleonasmo
   c)     anacoluto
   d)     metáfora
   e)     eufemismo

03. “Saiba morrer o que viver não soube.” Neste verso do português Bocage, temos um exemplo de:

   a)     metonímia
   b)     sinestesia
   c)     pleonasmo
   d)     silepse
   e)     antítese

04. O esforço molhou-lhe o rosto. Exemplo de:

   a)     anacoluto
   b)     elipse
   c)     metáfora
   d)     hipérbole
   e)     metonímia

05. Enterrou um espinho no dedo. A frase exemplifica uma figura de linguagem conhecida como:

   a)     eufemismo
   b)     personificação
   c)     antítese
   d)     catacrese
   e)     pleonasmo

06. “Viu povos de mil climas, viu mil raças...”

   a)     hipérbole
   b)     silepse de número
   c)     apóstrofe
   d)     hipérbato
   e)     anacoluto

07. Assinale o exemplo de Sinestesia.

   a)     O grupo reuniu-se após o jantar. Conversavam alegremente.
   b)     “E oscila, e resvala, e tomba, e morre.”
   c)     Ouvimos um som pesado.
   d)     Pisou as flores com seus pés enormes.
   e)     Adoro as maçãs do seu rosto.

08. Relacione as colunas.

   1.     “Levantai-vos, heróis do novo mundo!”
   2.     “Na serpente de seda dos seus braços...”
   3.     “Boceja a esfinge colossal de pedra.”
   4.     “Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos os modernos.”
(   ) silepse de pessoa
(   ) prosopopeia
(   ) apóstrofe
(   ) metáfora
              a)     4, 2, 1, 3
              b)     4, 3, 2, 1
              c)     3, 4, 1, 2
              d)     4, 3, 1, 2
              e)     2, 4, 1, 3

09. Marque o exemplo de anacoluto.

    a)     Sofro todo o infinito universal pesar.
    b)     Minha vida é um livro aberto.
    c)     Os jardineiros estão destruindo as nossas sombras.
    d)     As feras, delas quero distância.
    e)     Passou desta para melhor.

10. Relacione as duas colunas: 

   1.     Havia flores no seu olhar, no seu olhar havia flores.
   2.     Verdes lembranças dos pastos...
   3.     Volta aos humildes, mas felizes tetos.
   4.     Tenho um milhão de coisas para fazer.
(   ) hipálage
(   ) quiasmo
(   ) hipérbole
(   ) metonímia
              a)     2, 1, 3, 4
              b)     2, 1, 4, 3
              c)     1, 2, 4, 3
              d)     1, 2, 3, 4
              e)     3, 1, 4, 2

11. Chorou lágrimas de sangue. Exemplifica as figuras:

    a)     Perífrase e enálage
    b)     Prosopopeia e metáfora
    c)     Zeugma e eufemismo
    d)     Pleonasmo e hibérbole
    e)     Catacrese e anástrofe

12. Assinale o erro na identificação da figura.

   a)     Seus olhos são belos como diamantes. (símile)
   b)     Em tristes sombras morre a formosura, em contínuas tristezas a alegria. (zeugma)
   c)     Rápido o raio rútilo retalha. (aliteração)
   d)     Se você estivesse lá, ela ficava contente. (enálage)
   e)     O menino feriu o céu da boca. (prosopopeia)

13. Assinale o erro na identificação da figura.

   a)     A vaia amarela dos papagaios
Rompe o silêncio da despedida. (hipálage)
   b)     Vi uma estrela tão alta!
Vi uma estrela tão fria!
   c)     Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada... (apóstrofe)
   d)    Vinhas fatigada,
   E triste e fatigado eu vinha.  (quiasmo)
   e)     O seu filho não lhe faltam noivas.

14. O sol é um sino de ouro que acorda os campos com sua voz dourada. Aqui, pode-se identificar:
a)     metonímia, pleonasmo, antítese
b)     metáfora, metonímia, sinestesia
c)     metáfora, prosopopeia, silepse de gênero
d)     perífrase, metonímia, eufemismo
e)     símile, hipérbato, sinestesia

15. Assinale o exemplo de antítese.

a) Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.
b) Lá fora, a noite é um pulmão ofegante.
c) Eu vigio o gado, e ele me vigia a mim.
d) Residem, juntamente, no teu peito
    Um demônio que ruge e um Deus que chora
e) Longe, uma tropa trota pela estrada.

16. Relacione as duas colunas.

   1.     Seus cabelos de neve eram vistos à distância.
   2.     Qual branca vela n’amplidão dos mares.
   3.     As estrelas foram chamadas e disseram – aqui estamos.
   4.     Os objetos estavam ao pé da estátua.
   5.     Tu, que da liberdade após a guerra...
(   ) prosopopeia
(   ) anástrofe
(   ) metáfora
(   ) catacrese
(   ) metonímia
        a)     3, 5, 1, 4, 2
        b)     3, 4, 1, 5, 2
        c)     3, 5, 2, 4, 1
        d)     5, 3, 1, 4, 2
        e)     2, 5, 1, 4, 3

17. Nas horas de inspiração, gosto de cantar Elis Regina. Na frase, encontramos a figura:
   
      a)     Eufemismo
      b)     Catacrese
      c)     Metáfora
      d)     Metonímia
      e)     Prosopopeia

18. Nos trechos: “O  pavão é um arco íris de plumas.” e “... de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira...”, enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
      
      a)     Metáfora e polissíndeto
      b)     Comparação e repetição
      c)     Metonímia e aliteração
      d)     Hipérbole e anacoluto
      e)     Anáfora e metáfora

19. Os adultos possuem poder de decisão; os jovens, incertezas e conflitos. Na segunda oração do período, ocorreu a omissão do verbo possuir, modificando a estrutura da frase. Tal desvio constitui uma figura de construção, reconhecida como:

a)     Zeugma
b)     Assíndeto
c)     Elipse
d)     Hipérbato
e)     Pleonasmo

20. No sintagma: “Uma palavra branca e fria” encontramos:

a)     Sinestesia
b)     Eufemismo
c)     Onomatopeia
d)     Antonomásia







GABARITO
01. E
02. A
03. E
04. E
05. C
06. C
07. B
08. B
09. E
10.C

NOVOS EXERCÍCIOS

Gabarito: 1c; 2b; 3e; 4e; 5d; 6a; 7c; 8d; 9d; 10b; 11d; 12e; 13e; 14b; 15d; 16a; 17d; 18a; 19a; 20a.

sábado, 22 de julho de 2017

SIMULADO LITERATURA

SIMULADO CICLO 01- LINGUAGENS – 
1. (Ufsm 2014)  Padre Antônio Vieira, em seu Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes, vale-se da fauna aquática, especialmente a da costa brasileira, para dar força e vida às suas palavras, como se vê no fragmento a seguir.

            Outra coisa muito geral, que não tanto me desedifica, quanto me lastima, em muitos de vós, é aquela tão notável ignorância e cegueira que em todas as viagens experimentam os que navegam para estas partes. Tome um homem do mar um anzol, ata-lhe um pedaço de pano cortado e aberto em duas ou três pontas, lança-o por um cabo delgado até tocar na água, e em o vendo o peixe, arremete cego a ele e fica preso e boqueando até que, assim suspenso no ar, ou lançado no convés, acaba de morrer. Pode haver maior ignorância e mais rematada cegueira que esta? Enganados por um retalho de pano, perder a vida?
            Dir-me-eis que o mesmo fazem os homens. Não vô-lo nego. Dá um exército batalha contra outro exército, metem-se os homens pelas pontas dos piques, dos chuços e das espadas, e por quê? Porque houve quem os engodou e lhes fez isca com dois retalhos de pano. A vaidade entre os vícios é o pescador mais astuto e que mais facilmente engana os homens. E que faz a vaidade? Põe por isca nas pontas desses piques, desses chuços e dessas espadas dois retalhos de pano, ou branco, que se chama hábito de Malta; ou verde, que se chama de Aviz; ou vermelho, que se chama de Crista e de Santiago; e os homens por chegarem a passar esse retalho de pano ao peito, não reparam em tragar e engolir o ferro.

A partir da leitura do fragmento, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afirmativa a seguir.

(     ) A referência aos peixes, no fragmento e no sermão como um todo, deve-se ao “milagre da multiplicação dos peixes’, realizado por Jesus Cristo, o que serve de ponto de partida para o texto de Vieira.
(     ) Por meio da analogia, Vieira compara como os peixes são pescados e como os homens perdem-se, ambos vítimas de um engano.
(     ) Os fatos narrados no fragmento apresentam semelhanças com o enredo de uma fábula, no sentido de que seu conteúdo é utilizado para ilustrar um princípio moral.

A sequência correta é 

a) V – F – F.    b) F – V – F.    c) F – V – V.    d) F – F – V.    e) V – V – V.    

2.O texto do Padre Antônio Vieira é um Sermão, texto lido por padres durante a realização das missas. Apesar do caráter religioso predominante, podemos reconhecer marcas específicas de uma tipologia textual:
a) Presença de gradação de fatos próprios dos textos dissertativos.
b) A parcialidade típica de textos descritivos que afetam a imparcialidade dos textos.
c) A presença de comparações exageradas que extrapolam o racionalismo e torna o texto lírico.
d) Percebe-se uma preocupação cultista em convencer o ouvinte tipicamente dos textos dissertativos.
e) Há um jogo retórico que procura convencer o ouvinte sobre o que é dito, característica que aproxima da dissertação-argumentativa.

3. Na frase “…os homens por chegarem a passar esse retalho de pano ao peito,...”, a preposição destacada apresenta um valor semântico de:

a) causa           b) conformidade           c)concessão                d) final             e) conclusão
  
4. (Ufsm 2014)  O poeta árcade Cláudio Manuel da Costa valeu-se, em alguns momentos, da natureza brasileira para compor sua poesia, fugindo, assim, pelo menos em parte, do convencionalismo neoclássico. A partir dessa ideia, leia o poema a seguir.

LVIII

1Altas serras, 3que ao Céu estais servindo
De muralhas, que o tempo não profana,
Se Gigantes não sois, que a forma humana
Em duras penhas foram confundindo;

Já sobre o vosso cume se está rindo
O 4Monarca da luz, que esta alma engana;
Pois na face, que ostenta, soberana,
O rosto de meu bem me vai fingindo.

Que alegre, que mimoso, que brilhante
Ele se me afigura! Ah qual efeito
Em minha alma se sente neste instante!

Mas ai! a que delírios me sujeito!
Se quando no Sol vejo o seu semblante,
Em vós descubro 2ó penhas o seu peito?


Acerca do poema, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) O poema é um soneto composto de versos decassílabos heroicos, com rima intercalada nos quartetos e cruzada nos tercetos.    
b) O eu lírico tem como interlocutor de seu poema as “Altas serras” (ref. 1), às quais se dirige diretamente também ao final, em “ó penhas” (ref. 2), caracterizando assim o uso de apóstrofes.    
c) O eu lírico emprega algumas inversões sintáticas no poema, como em “[...] que ao Céu estais servindo! De muralhas” (ref. 3), a que se chama de hipérbatos e que remetem mais ao estilo barroco que ao árcade.    
d) O eu lírico compara o Sol, a que chama de “Monarca da luz” (ref. 4), ao rosto de sua amada, o que caracteriza uma personificação.    
e) Ao olhar o Sol sobre as serras, o eu lírico enxerga uma imagem de sua amada, cujo peito seria composto então pelas penhas, visão essa que enche sua alma de alegria.    

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo tão empeçado¹, um estilo tão dificultoso, um estilo tão afeta­do, um estilo tão encontrado toda a arte e a toda a natureza? Boa razão é também essa. O estilo há de ser muito fácil e muito natu­ral. Por isso Cristo comparou o pregar ao semear, porque o semear é uma arte que tem mais de natureza que de arte (...) Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se uma parte está branco, da outra há de estar negro (...) Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estre­las são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distin­to e muito claro.

(Sermão da Sexagésima, Pe. Antonio Vieira)

¹empeçado: com obstáculo, com empecilho. 

5- No fragmento “Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras.O termo destacado apresenta um valor semântico no contexto. Assinale a opção em que o termo em destaque apresenta o mesmo significado.

a) Como era esperado, o barroco complicou a vida de todos.
b) Como ficou cominado, muitos foram às compras
c) Como você chegou aqui?
d) Ele não sabia como falar em público.
e) Os fiéis fazem tudo como se fosssem escolhidos para o céu.





6. (Espm 2014)  A expressão que traduz a ideia de rebusca­mento no estilo é: 

a) “púlpitos”    b) “semear”    c) “céu”    d) “xadrez de palavras”    e) “estrelas”   
  
7. (Espm 2014)  Assinale a incorreta sobre o texto de Padre Vieira:  

a) vale-se do estilo conceptista do Barroco, voltando-se para a argumentação e racio­cínio lógicos.    
b) ataca duramente os pregadores cultistas, devido ao estilo pomposo, de difícil aces­so, e aos exageros da ornamentação.    
c) critica o sermão que está preocupado com a suntuosidade linguística e estilís­tica.    
d) defende a pregação que tenha naturalida­de, clareza e distinção.    
e) mostra que, seguindo o exemplo de Cris­to, pregar e semear afetam o estilo, por­que ambas são práticas da natureza.   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Velho papel pode estar com os anos contados

            Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já estão trabalhando para que esse dia chegue logo.
            A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada no bolso.
            Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e notícias 8atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou qualquer informação antes impressa. Tudo ali.
            Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, mas as últimas novidades são de duas semanas atrás. Cientistas holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do papel: 3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc.
            A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de 6silício, mas de plástico – que é maleável e barato.
            Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de qualidade 1'meia-boca'.
            2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos convincente apareça só daqui a cinco anos.

Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001.
Folhateen, p. 10.


8. (G1 - ifce 2011)  Em uma das opções, a afirmação refere-se ao Barroco.

a) O homem se mostra feliz consigo mesmo e se acha o centro do mundo.   
b) As mensagens dos textos revelam que o homem está angustiado e dividido entre o bem e o mal, a matéria e o espírito.   
c) O estilo era simples e, nos textos, prevalecia a objetividade.   
d) Os textos traziam mensagens de otimismo e baseavam-se no princípio de “gozar a vida”.   
e) Os escritores, embora vivessem na cidade, recomendavam a vida no campo.   

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Texto IV

Lira XV

Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua aldeia;
Vestia finas lãs, e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal, e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.

(...)

Se não tivermos lãs, e peles finas,
Podem mui bem cobrir as carnes nossas
As peles dos cordeiros mal curtidas,
E os panos feitos com as lãs mais grossas.
Mas ao menos será o teu vestido
Por mãos do amor, por minhas mãos cosido.

Nós iremos pescar na quente sesta
Com canas, e com cestos os peixinhos:
Nós iremos caçar nas manhãs frias
Com a vara envisgada os passarinhos.
Para nos divertir faremos quanto
Reputa o varão sábio, honesto e santo.

(...)
FONTE: GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.

Texto V

Amor de Índio

Tudo o que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor

(...)

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo

FONTE: GUEDES, Beto & BASTOS, Ronaldo. In GUEDES, Beto. Amor de Índio. EMI Music, 1978.


9. (G1 - cftmg 2010)  São temas presentes nos textos, EXCETO

a) bucolismo.   b) amor idealizado.   c) simplicidade existencial.   
d) desprezo ao trabalho urbano.       e) vida campestre


TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 10:
Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.


10. (Unifesp 2009)  Nos versos, o eu lírico deixa evidente que:
a) Uma pessoa se torna desprezível pela ação do nobre.   
b) O honesto é quem mais aparenta ser desonesto.   
c) Geralmente a riqueza decorre de ações ilícitas.   
d) As injúrias, em geral, eliminam as injustiças.   
e) O vil e o rico são vítimas de severas injustiças.   



GABARITO
Resposta da questão 1: [C]

É correta a alternativa [C], pois apenas a primeira proposição é falsa. Não existe nenhuma relação entre o “milagre da multiplicação dos peixes” e a fauna aquática da costa do Brasil, que serve de ponto de partida para o texto de Vieira.   

Resposta da questão 2 [ E]

Resposta da questão 3[ a]

Resposta da questão 4: [E]

Todas as alternativas são corretas, exceto [E]. Ao associar a imagem do sol ao rosto da sua amada (“O Monarca da luz, que esta alma engana; /Pois na face, que ostenta, soberana, /O rosto de meu bem me vai fingindo”), o eu lírico percebe que é vítima de ilusão, pois são as “penhas” que metaforicamente representam a verdadeira essência da amada, que resiste aos rogos do poeta. A figura feminina é retratada exterior e interiormente, através de elementos da paisagem, no que ela parece ser e no que ela é verdadeiramente.  

Resposta da questão 5 : e

Resposta da questão 6:
 [D]

“Xadrez de palavras” está relacionado à ideia de “rebuscamento no estilo” ao se estabelecer uma relação metafórica entre “xadrez”, jogo de tabuleiro conhecido por sua dificuldade ao impor o uso da lógica, e “rebuscamento”, associado à ideia de “requinte”.  

Resposta da questão 7:
 [E]

Padre Antônio Vieira é um autor barroco em cujos textos predomina o estilo conceptista, uma vez que defende pontos de vista; neste caso, defende que o pregar e o semear são ações que se assemelham tendo em vista seu caráter “fácil e natural”.  

Resposta da questão 8:
 [B]

“Barroco” é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII. No Brasil, iniciou-se nos séculos XVII, a partir do ciclo do ouro. O rebuscamento da arte barroca é reflexo do dilema em que vivia o homem do seiscentismo (os anos de 1600). Daí as preferências por temas opostos: espírito e matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu e inferno. As temáticas do “carpe diem” e “locus amoenus”, como se alude em d) e e), serão exploradas no movimento artístico subsequente, o Arcadismo.  

Resposta da questão 9:
 [D]

O poema árcade de Tomás Antônio Gonzaga e a música de Beto Guedes trazem a temática da beleza simples, natural e do amor idealizado.
Apesar da valorização da vida simples e bucólica, ambos os autores não fazem menção ao trabalho urbano.  


Resposta da questão 10:
 [C]