Gabarito:
Resposta da questão 1:
[E]
[E]
[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
A consolidação do MMA como
esporte só ocorreu devido a essas transformações no seu formato. Podemos dizer
que isso se deu para atender uma demanda por um espetáculo que estivesse de
acordo com as regras civilizatórias de nossa sociedade: ainda que se interesse
por lutas, nossa sociedade também valoriza a integridade física e a saúde de
seus atletas, que faltava ao antigo vale tudo.
[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Não há nenhum valor
lúdico embutido nas lutas.
[B] A criação de regras
para esta modalidade ajudou a dar um limite à violência e assim preservar o
homem que está no ringue, ainda que lutador.
[C] As mudanças visam a
limitar a violência, não popularizá-la.
[D] Não cogitou-se, no
texto, a adoção de MMA como forma de defesa pessoal.
[E] Correta. A adoção de regras visa a
regular o nível de violência no esporte, a fim de manter a integridade física
dos atletas.
Resposta da questão 2:
[D]
[D]
[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
Tal como nos Estados
Unidos, também nas periferias dos centros urbanos brasileiros predominava a
população negra. O surgimento do hip-hop
é, portanto, a expressão cultural dos próprios jovens da época, que encontravam
nos bailes black uma forma de
afirmação de sua própria identidade.
[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Não havia lazer gerado
pela diversidade de práticas artísticas, pelo contrário, os “bailes black” eram
uma das poucas alternativas de lazer
antes inexistente.
[B] Esses bailes foram
inspirados pela black music americana.
[C] Não houve subversão,
apenas difusão da moda americana.
[D] Correta. Havia a necessidade dos meninos das periferias
paulistanas e cariocas verem a cultura negra mais valorizada.
[E] Houve uma
“adaptação” do estilo americano para o brasileiro.
Resposta da questão 3:
[D]
[D]
[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
A sociedade moderna tem
como um de seus pilares a Revolução Industrial. A linotipia é expressão dessa
revolução ao permitir à sociedade uma produção em massa de materiais
informacionais. Ou seja, não somente a produção industrial mudou com a invenção
desses equipamentos, mas também os meios de comunicação e o acesso à informação
por parte da população.
[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Pelo contrário, a
invenção da linotipo otimizou a execução do material impresso.
[B] A técnica é nova e
diferente da antiga tipografia com letras de chumbo.
[C] Deixou-se de compor os
textos à mão como na tipografia tradicional.
[D] Correta. A otimização das impressões tornou os impressos bem mais baratos,
o que contribuiu para a difusão de materiais informacionais, de jornais a
materiais didáticos.
[E] Não há
referência à inclusão de imagens nos impressos no texto em questão.
Resposta da questão 4:
[E]
[E]
Ao longo do
soneto, o eu lírico manifesta estranheza pelas mudanças que observa na
natureza: “Quem fez tão diferente aquele prado?”, “ Uma fonte aqui houve; eu
não me esqueço”, “Ali em vale um monte está mudado”, “Nem troncos vejo agora
decadentes”. No último terceto, reconhece que também nele aconteceu a mesma
deterioração que encontra na natureza: “Mas que venho a estranhar, se estão
presentes/Meus males, com que tudo degenera!”. Nesse sentido, deduz-se que
existe empatia entre os sofrimentos do eu lírico e a deterioração da terra,
como se afirma em [E].
Resposta da questão 5:
[C]
[C]
O poeta
Gregório de Matos escreveu muitos poemas denunciando a corrupção e a injustiça
da sociedade baiana e colonial da época. A população era composta de muitos
negros escravos e brancos pobres que em sua maioria conviviam com pouquíssimas
famílias influentes e ricas vindas de Portugal que dominavam a colônia que
crescia à custa de muita exploração humana. Depois de infernizar essa elite
escravagista com seus versos, quando mais velho Gregório se volta ao
catolicismo. Este poema é desta fase, neste, especificamente, faz um paralelo
entre a sociedade baiana que não melhorava por conta de seus governantes ao
faraó do Egito do velho testamento.
Resposta da questão 6:
[B]
[B]
As rubricas
em itálico descrevem o estado de espírito que a personagem deve se apresentar,
afinal, já estava cansada de ter de sustentar o filho, agora casado.
Entretanto, se a atriz em questão resolver dar um outro sentido á fala, fica a
critério do diretor ou da intérprete, o autor dá uma flexibilidade para a
encenação.
Resposta da questão 7:
[D]
[D]
Depreende-se
do texto que, como José de Alencar foi um escritor que teve importante atuação
literária durante o período do Romantismo no Brasil, a digitalização da sua
obra terá importante papel na preservação da memória linguística, assim como os
romances indianistas, históricos e textos jurídicos, na construção da
identidade nacional. Assim, é correta a opção [D].
Resposta da questão 8:
[D]
[D]
Para os
ultrarromânticos, a morte era vista como alívio, fuga ao sofrimento ou ao tédio
de viver. Essa característica está presente neste soneto, pois o eu lírico,
inconformado com a rejeição amorosa, prefere a morte à desilusão de não ser
correspondido:” O adeus, o teu adeus, minha saudade,/Fazem que insano do viver
me prive/E tenha os olhos meus na escuridade.
Resposta da questão 9:
[C]
[C]
Os romances
do Nordeste, principalmente os pertencentes à segunda fase modernista, são
regionalistas e representam uma corrente ideológica voltada a questões sociais,
mais precisamente para as relações entre o homem e o universo, enfatizando a
dualidade - Opressor X Oprimido.
Resposta da questão 10:
[B]
[B]
A oposição é observada nas diferenças existentes entre a vida simples no
campo, tanto valorizada pelos poetas do Arcadismo, e a vida sofisticada da
Metrópole, que representa ao poeta a ilusão.
Resposta da questão 11:
[A]
[A]
O poeta dirige-se aos “montes”, fala com eles
demonstrando matar a saudade do local, ou seja, os montes representam o contato
do autor com a natureza, a volta a um ambiente simples e feliz.
Resposta da questão 12:
[C]
[C]
Embora ambos
desenvolvam temática relacionada ao indígena brasileiro, este não é apresentado
de forma realista nem discriminatória, o que invalida as opções A e B. Também
não existe denúncia do extermínio dos povos indígenas, nem referência ao
silenciamento de seus dotes poéticos, como se afirma em D e C. Assim, a única
válida é a C, pois as interrogações revelam perspectivas diferentes do
enunciador sobre a realidade indígena brasileira. “Quem há, como eu sou?”
expressa a visão idealizada do herói na concepção do Romantismo indianista e “Quem podia saber do Herói” traduz a visão
inovadora e irreverente da 1ª Fase do Modernismo do “ herói da nossa gente” na
obra “ Macunaíma”, de Mário de Andrade.
Resposta da questão 13:
[A]
[A]
O narrador
alude à idealização do personagem, característica do Romantismo, estilo que
rejeita ao afirmar que “isto não é romance, em que o autor sobredoura a
realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas”, ou seja, adverte ao leitor
que irá usar descrições em que os aspectos negativos também estarão presentes.
Resposta da questão 14:
[C]
[C]
O poema
romântico de Gonçalves Dias mostra uma visão ufanista do Brasil, enaltecendo –
o por meio da flora e da fauna “Minha terra tem palmeiras,/ Onde canta o
Sabiá. O texto de Oswald de
Andrade, escritor modernista, elogia o país, mas não perde de vista a
realidade. Faz denúncias, como “Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o
mar”, ou seja, apesar da natureza magnífica, do mar, da terra; das riquezas
como o ouro, o Brasil mantinha a escravidão. Palmares foi um reduto de escravos
foragidos de Pernambuco, instalados, onde hoje fica o norte de Alagoas. O eu
lírico do poema deseja voltar não para qualquer lugar do Brasil, mas
especificamente para a rua 15 de novembro, centro financeiro do país, no início
do século XX, na cidade de S. Paulo, quando foi escrito o poema – “Não permita
Deus que eu morra / Sem que volte pra São Paulo / Sem que eu veja a rua 15 /E o
progresso de São Paulo. A questão realiza a intertextualidade, isto é , faz o
diálogo entre textos.
Resposta da questão 15:
[C]
[C]
A Escrava Isaura é um romance tipicamente romântico, cujas
personagens femininas eram idealizadas, do ponto de vista físico e moral, como
a protagonista do romance, assediada por Leôncio, seu senhor. Embora o livro
mostre as agruras da escravidão, não se aprofunda na denúncia nem no tratamento
do tema.
Resposta da questão 16:
[D]
[D]
A implantação
do Romantismo no Brasil está relacionada ao projeto de construção da
nacionalidade. A composição das personagens idealizadas, o cenário tipicamente
brasileiro, valorizando a natureza (cor local), a mostra dos costumes, tudo
isso contribuiu para possibilitar ao país a expressão dos sentimentos
nacionais. Taunay participou desse
projeto, revelando, no romance Inocência,
uma região do Brasil, indicando as cores, o tipo de vegetação existente,
transformando, poeticamente, o lugar, em um jardim encantado – “É cair,
porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou por
aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca
vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade”.
Resposta da questão 17:
[D]
[D]
A alternativa A está incorreta, porque a construção do eixo temático do poema de Bilac não se deu em linguagem
denotativa, literal, usual, previsível. O eu lírico personifica as estrelas, o
Sol, utiliza figuras de linguagem, como a prosopopeia que consiste em atribuir
a seres inanimados características de seres animados ou atribuir
características humanas a seres irracionais. O texto do autor parnasiano possui
um alto índice de plurissignificação da modalidade de linguagem, diversa da
modalidade própria do uso cotidiano.
A alternativa B está incorreta, pois o
sujeito poético, do poema parnasiano, com traços românticos, afirma que o amor
capacita as pessoas a ouvir e compreender as estrelas, portanto, estas são
acessíveis. Já as estrelas a que se refere o eu lírico do texto de Bastos Tigre
são as atrizes do cinema. A acessibilidade é limitada. A compreensão sobre elas
depende do conhecimento da língua inglesa, pois, o texto se refere,
provavelmente, às artistas do cinema norte-americano.
As alternativas C e E estão incorretas, na medida
em que as expressões “dir-vos-ei sem pejo” e “entendê-las” só são
utilizadas pelo escritor, para realizar a ironia, a crítica às ideias do poema
parnasiano. Tigre realiza a intertextualidade, a partir do poema de Bilac. A linguagem usada no texto humorístico é mais
coloquial que a de Bilac: “Vejo que estás beirando a maluquice extrema.../
Uma boca de estrela dando beijo / é, meu amigo, assunto p’ra um poema”. A
visão apresentada para alcançar as estrelas, no texto de Bilac, é romântica; no
de Tigre, é moderna.
A afirmação D está correta, porque, no texto de Tigre, percebe-se o uso
da linguagem metalinguística no trecho “Uma boca de estrela dando beijo/é,
meu amigo, assunto p’ra um poema.” A função metalinguística ocorre quando
se fala sobre o código utilizado, usa-se a linguagem para falar dela própria.
Boca de estrela dando beijo é matéria, assunto para
ser usado em um poema, aqui está a função citada.
Resposta da questão 18:
[D]
[D]
Depreende-se
que a notícia, publicada pela Gazeta Mercantil às vésperas de uma crise
financeira no Brasil, pretende relacionar fatos passados e presentes, a fim de
advertir as pessoas sobre o que se estava a passar na atualidade, ou seja,
inter-relacionar causas e efeitos em momentos históricos diferentes visando ao
entendimento da situação.
Obs: existe imprecisão na data mencionada no texto,
pois a quebra da bolsa de 1929 ocorreu em 24 de Outubro, uma quinta-feira e não
em 29.
Resposta da questão 19:
[E]
[E]
O estudante
admite que a vitória na Olimpíada de matemática é importante, pois tem
consciência da competição acirrada entre aqueles que aspiram a um emprego e
como um bom desempenho em determinada área pode ser importante para garantir o
sucesso. No entanto, admite que, na dinâmica de uma sociedade em transformação,
é difícil fazer previsões (“as coisas estão mudando muito rápido”, e “esse
conceito de carreira mudou muito”).
Resposta da questão 20:
[A]
[A]
A
característica destacada por Rubem Braga (“atingir o máximo de matizes com o
mínimo de detalhes”) está explícita no texto de Carlos Drummond de Andrade:
“narrativa direta e econômica”.
Resposta da questão 21:
[D]
[D]
Enquanto
Terena apela ao respeito pelas culturas indígenas (“Nós, índios, queremos
falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes."),
Hélio Jaguaribe expressa uma visão determinista que prevê como inevitável a
aculturação dos índios e a sua incorporação à sociedade brasileira (“A história
não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por
conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e
do neolítico a um estágio civilizatório”).
Resposta da questão 22:
[B]
[B]
O tom
grandiloquente do primeiro parágrafo, associando o uso de palavras estrangeiras
a ataque inimigo e o projeto de lei que as proíbe à defesa da soberania
nacional, expressa uma visão irônica que se confirma nas sugestões ao longo do
texto, totalmente incabíveis, pois a língua decorre de um processo natural de
comunicação que não se impõe por decreto nem proibições.
Resposta da questão 23:
[A]
[A]
A
substituição da preposição “de” por
“em” transforma o adjunto adnominal
“de rua”, que caracteriza o menino, em adjunto adverbial de lugar, “na rua”, ou
seja, indica a localização e não a qualidade.
Resposta da questão 24:
[E]
[E]
O texto I
noticia a situação precária de um trabalhador que se vê obrigado a aceitar um
emprego não correspondente a sua formação e com salário menor, a fim de fazer
frente às despesas. O texto II aponta para uma possível explicação do fato,
pois “atualmente”, dada a competição acirrada na área laboral, quanto mais
baixa a qualificação, menor é a taxa de empregabilidade.
Resposta da questão 25:
[A]
[A]
O texto
destaca as diferenças de vocabulário entre o português do Brasil e o de
Portugal.
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