quarta-feira, 3 de maio de 2017

GABARITO DO SIMULADO 2- LINGUAGENS

Gabarito:  

Resposta da questão 1:
 [E]

[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
A consolidação do MMA como esporte só ocorreu devido a essas transformações no seu formato. Podemos dizer que isso se deu para atender uma demanda por um espetáculo que estivesse de acordo com as regras civilizatórias de nossa sociedade: ainda que se interesse por lutas, nossa sociedade também valoriza a integridade física e a saúde de seus atletas, que faltava ao antigo vale tudo.

[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Não há nenhum valor lúdico embutido nas lutas.
[B] A criação de regras para esta modalidade ajudou a dar um limite à violência e assim preservar o homem que está no ringue, ainda que lutador.
[C] As mudanças visam a limitar a violência, não popularizá-la.
[D] Não cogitou-se, no texto, a adoção de MMA como forma de defesa pessoal.
[E] Correta. A adoção de regras visa a regular o nível de violência no esporte, a fim de manter a integridade física dos atletas.  

Resposta da questão 2:
 [D]

[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
Tal como nos Estados Unidos, também nas periferias dos centros urbanos brasileiros predominava a população negra. O surgimento do hip-hop é, portanto, a expressão cultural dos próprios jovens da época, que encontravam nos bailes black uma forma de afirmação de sua própria identidade.

[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Não havia lazer gerado pela diversidade de práticas artísticas, pelo contrário, os “bailes black” eram uma das poucas alternativas de lazer antes inexistente.
[B] Esses bailes foram inspirados pela black music americana.
[C] Não houve subversão, apenas difusão da moda americana.
[D] Correta. Havia a necessidade dos meninos das periferias paulistanas e cariocas verem a cultura negra mais valorizada.
[E] Houve uma “adaptação” do estilo americano para o brasileiro.  

Resposta da questão 3:
 [D]

[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
A sociedade moderna tem como um de seus pilares a Revolução Industrial. A linotipia é expressão dessa revolução ao permitir à sociedade uma produção em massa de materiais informacionais. Ou seja, não somente a produção industrial mudou com a invenção desses equipamentos, mas também os meios de comunicação e o acesso à informação por parte da população.
                                                                           
[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Pelo contrário, a invenção da linotipo otimizou a execução do material impresso.
[B] A técnica é nova e diferente da antiga tipografia com letras de chumbo.
[C] Deixou-se de compor os textos à mão como na tipografia tradicional.
[D] Correta. A otimização das impressões tornou os impressos bem mais baratos, o que contribuiu para a difusão de materiais informacionais, de jornais a materiais didáticos.
[E] Não há referência à inclusão de imagens nos impressos no texto em questão.  

Resposta da questão 4:
 [E]

Ao longo do soneto, o eu lírico manifesta estranheza pelas mudanças que observa na natureza: “Quem fez tão diferente aquele prado?”, “ Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço”, “Ali em vale um monte está mudado”, “Nem troncos vejo agora decadentes”. No último terceto, reconhece que também nele aconteceu a mesma deterioração que encontra na natureza: “Mas que venho a estranhar, se estão presentes/Meus males, com que tudo degenera!”. Nesse sentido, deduz-se que existe empatia entre os sofrimentos do eu lírico e a deterioração da terra, como se afirma em [E].  

Resposta da questão 5:
 [C]

O poeta Gregório de Matos escreveu muitos poemas denunciando a corrupção e a injustiça da sociedade baiana e colonial da época. A população era composta de muitos negros escravos e brancos pobres que em sua maioria conviviam com pouquíssimas famílias influentes e ricas vindas de Portugal que dominavam a colônia que crescia à custa de muita exploração humana. Depois de infernizar essa elite escravagista com seus versos, quando mais velho Gregório se volta ao catolicismo. Este poema é desta fase, neste, especificamente, faz um paralelo entre a sociedade baiana que não melhorava por conta de seus governantes ao faraó do Egito do velho testamento.  

Resposta da questão 6:
 [B]

As rubricas em itálico descrevem o estado de espírito que a personagem deve se apresentar, afinal, já estava cansada de ter de sustentar o filho, agora casado. Entretanto, se a atriz em questão resolver dar um outro sentido á fala, fica a critério do diretor ou da intérprete, o autor dá uma flexibilidade para a encenação.  

Resposta da questão 7:
 [D]

Depreende-se do texto que, como José de Alencar foi um escritor que teve importante atuação literária durante o período do Romantismo no Brasil, a digitalização da sua obra terá importante papel na preservação da memória linguística, assim como os romances indianistas, históricos e textos jurídicos, na construção da identidade nacional. Assim, é correta a opção [D].  

Resposta da questão 8:
 [D]

Para os ultrarromânticos, a morte era vista como alívio, fuga ao sofrimento ou ao tédio de viver. Essa característica está presente neste soneto, pois o eu lírico, inconformado com a rejeição amorosa, prefere a morte à desilusão de não ser correspondido:” O adeus, o teu adeus, minha saudade,/Fazem que insano do viver me prive/E tenha os olhos meus na escuridade.  

Resposta da questão 9:
 [C]

Os romances do Nordeste, principalmente os pertencentes à segunda fase modernista, são regionalistas e representam uma corrente ideológica voltada a questões sociais, mais precisamente para as relações entre o homem e o universo, enfatizando a dualidade - Opressor X Oprimido.  

Resposta da questão 10:
 [B]

A oposição é observada nas diferenças existentes entre a vida simples no campo, tanto valorizada pelos poetas do Arcadismo, e a vida sofisticada da Metrópole, que representa ao poeta a ilusão.   

Resposta da questão 11:
 [A]

O poeta dirige-se aos “montes”, fala com eles demonstrando matar a saudade do local, ou seja, os montes representam o contato do autor com a natureza, a volta a um ambiente simples e feliz.   

Resposta da questão 12:
 [C]

Embora ambos desenvolvam temática relacionada ao indígena brasileiro, este não é apresentado de forma realista nem discriminatória, o que invalida as opções A e B. Também não existe denúncia do extermínio dos povos indígenas, nem referência ao silenciamento de seus dotes poéticos, como se afirma em D e C. Assim, a única válida é a C, pois as interrogações revelam perspectivas diferentes do enunciador sobre a realidade indígena brasileira. “Quem há, como eu sou?” expressa a visão idealizada do herói na concepção do Romantismo indianista  e “Quem podia saber do Herói” traduz a visão inovadora e irreverente da 1ª Fase do Modernismo do “ herói da nossa gente” na obra “ Macunaíma”, de Mário de Andrade.  

Resposta da questão 13:
 [A]

O narrador alude à idealização do personagem, característica do Romantismo, estilo que rejeita ao afirmar que “isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas”, ou seja, adverte ao leitor que irá usar descrições em que os aspectos negativos também estarão presentes.  

Resposta da questão 14:
 [C]

O poema romântico de Gonçalves Dias mostra uma visão ufanista do Brasil, enaltecendo – o por meio da flora e da fauna “Minha terra tem palmeiras,/ Onde canta o Sabiá. O texto de Oswald de Andrade, escritor modernista, elogia o país, mas não perde de vista a realidade. Faz denúncias, como “Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar”, ou seja, apesar da natureza magnífica, do mar, da terra; das riquezas como o ouro, o Brasil mantinha a escravidão. Palmares foi um reduto de escravos foragidos de Pernambuco, instalados, onde hoje fica o norte de Alagoas. O eu lírico do poema deseja voltar não para qualquer lugar do Brasil, mas especificamente para a rua 15 de novembro, centro financeiro do país, no início do século XX, na cidade de S. Paulo, quando foi escrito o poema – “Não permita Deus que eu morra / Sem que volte pra São Paulo / Sem que eu veja a rua 15 /E o progresso de São Paulo. A questão realiza a intertextualidade, isto é , faz o diálogo entre textos.  

Resposta da questão 15:
 [C]

A Escrava Isaura é um romance tipicamente romântico, cujas personagens femininas eram idealizadas, do ponto de vista físico e moral, como a protagonista do romance, assediada por Leôncio, seu senhor. Embora o livro mostre as agruras da escravidão, não se aprofunda na denúncia nem no tratamento do tema.  

Resposta da questão 16:
 [D]

A implantação do Romantismo no Brasil está relacionada ao projeto de construção da nacionalidade. A composição das personagens idealizadas, o cenário tipicamente brasileiro, valorizando a natureza (cor local), a mostra dos costumes, tudo isso contribuiu para possibilitar ao país a expressão dos sentimentos nacionais. Taunay participou desse projeto, revelando, no romance Inocência, uma região do Brasil, indicando as cores, o tipo de vegetação existente, transformando, poeticamente, o lugar, em um jardim encantado – “É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade”.  

Resposta da questão 17:
 [D]

A alternativa A está incorreta, porque a construção do eixo temático do poema de Bilac não se deu em linguagem denotativa, literal, usual, previsível. O eu lírico personifica as estrelas, o Sol, utiliza figuras de linguagem, como a prosopopeia que consiste em atribuir a seres inanimados características de seres animados ou atribuir características humanas a seres irracionais. O texto do autor parnasiano possui um alto índice de plurissignificação da modalidade de linguagem, diversa da modalidade própria do uso cotidiano.
A alternativa B está incorreta, pois o sujeito poético, do poema parnasiano, com traços românticos, afirma que o amor capacita as pessoas a ouvir e compreender as estrelas, portanto, estas são acessíveis. Já as estrelas a que se refere o eu lírico do texto de Bastos Tigre são as atrizes do cinema. A acessibilidade é limitada. A compreensão sobre elas depende do conhecimento da língua inglesa, pois, o texto se refere, provavelmente, às artistas do cinema norte-americano.
As alternativas C e E estão incorretas, na medida em que as expressões “dir-vos-ei sem pejo” e “entendê-las” só são utilizadas pelo escritor, para realizar a ironia, a crítica às ideias do poema parnasiano. Tigre realiza a intertextualidade, a partir do poema de Bilac.  A linguagem usada no texto humorístico é mais coloquial que a de Bilac: “Vejo que estás beirando a maluquice extrema.../ Uma boca de estrela dando beijo / é, meu amigo, assunto p’ra um poema”. A visão apresentada para alcançar as estrelas, no texto de Bilac, é romântica; no de Tigre, é moderna.
A afirmação D está correta, porque, no texto de Tigre, percebe-se o uso da linguagem metalinguística no trecho “Uma boca de estrela dando beijo/é, meu amigo, assunto p’ra um poema.” A função metalinguística ocorre quando se fala sobre o código utilizado, usa-se a linguagem para falar dela própria. Boca de estrela dando beijo é matéria, assunto para ser usado em um poema, aqui está a função citada.   

Resposta da questão 18:
 [D]

Depreende-se que a notícia, publicada pela Gazeta Mercantil às vésperas de uma crise financeira no Brasil, pretende relacionar fatos passados e presentes, a fim de advertir as pessoas sobre o que se estava a passar na atualidade, ou seja, inter-relacionar causas e efeitos em momentos históricos diferentes visando ao entendimento da situação.

Obs: existe imprecisão na data mencionada no texto, pois a quebra da bolsa de 1929 ocorreu em 24 de Outubro, uma quinta-feira e não em 29.  

Resposta da questão 19:
 [E]

O estudante admite que a vitória na Olimpíada de matemática é importante, pois tem consciência da competição acirrada entre aqueles que aspiram a um emprego e como um bom desempenho em determinada área pode ser importante para garantir o sucesso. No entanto, admite que, na dinâmica de uma sociedade em transformação, é difícil fazer previsões (“as coisas estão mudando muito rápido”, e “esse conceito de carreira mudou muito”).  

Resposta da questão 20:
 [A]

A característica destacada por Rubem Braga (“atingir o máximo de matizes com o mínimo de detalhes”) está explícita no texto de Carlos Drummond de Andrade: “narrativa direta e econômica”.  

Resposta da questão 21:
 [D]

Enquanto Terena apela ao respeito pelas culturas indígenas (“Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes."), Hélio Jaguaribe expressa uma visão determinista que prevê como inevitável a aculturação dos índios e a sua incorporação à sociedade brasileira (“A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório”).  

Resposta da questão 22:
 [B]

O tom grandiloquente do primeiro parágrafo, associando o uso de palavras estrangeiras a ataque inimigo e o projeto de lei que as proíbe à defesa da soberania nacional, expressa uma visão irônica que se confirma nas sugestões ao longo do texto, totalmente incabíveis, pois a língua decorre de um processo natural de comunicação que não se impõe por decreto nem proibições.  

Resposta da questão 23:
 [A]

A substituição da preposição “de” por “em” transforma o adjunto adnominal “de rua”, que caracteriza o menino, em adjunto adverbial de lugar, “na rua”, ou seja, indica a localização e não a qualidade.  

Resposta da questão 24:
 [E]

O texto I noticia a situação precária de um trabalhador que se vê obrigado a aceitar um emprego não correspondente a sua formação e com salário menor, a fim de fazer frente às despesas. O texto II aponta para uma possível explicação do fato, pois “atualmente”, dada a competição acirrada na área laboral, quanto mais baixa a qualificação, menor é a taxa de empregabilidade.  

Resposta da questão 25:
 [A]

O texto destaca as diferenças de vocabulário entre o português do Brasil e o de Portugal.  




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