quarta-feira, 26 de abril de 2017

GABARITO COM SIMULADO

Resposta da questão 1:
 [E]

[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
A consolidação do MMA como esporte só ocorreu devido a essas transformações no seu formato. Podemos dizer que isso se deu para atender uma demanda por um espetáculo que estivesse de acordo com as regras civilizatórias de nossa sociedade: ainda que se interesse por lutas, nossa sociedade também valoriza a integridade física e a saúde de seus atletas, que faltava ao antigo vale tudo.

[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Não há nenhum valor lúdico embutido nas lutas.
[B] A criação de regras para esta modalidade ajudou a dar um limite à violência e assim preservar o homem que está no ringue, ainda que lutador.
[C] As mudanças visam a limitar a violência, não popularizá-la.
[D] Não cogitou-se, no texto, a adoção de MMA como forma de defesa pessoal.
[E] Correta. A adoção de regras visa a regular o nível de violência no esporte, a fim de manter a integridade física dos atletas.

Resposta da questão 2:
 [D]

[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
Tal como nos Estados Unidos, também nas periferias dos centros urbanos brasileiros predominava a população negra. O surgimento do hip-hop é, portanto, a expressão cultural dos próprios jovens da época, que encontravam nos bailes black uma forma de afirmação de sua própria identidade.

[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Não havia lazer gerado pela diversidade de práticas artísticas, pelo contrário, os “bailes black” eram uma das poucas alternativas de lazer antes inexistente.
[B] Esses bailes foram inspirados pela black music americana.
[C] Não houve subversão, apenas difusão da moda americana.
[D] Correta. Havia a necessidade dos meninos das periferias paulistanas e cariocas verem a cultura negra mais valorizada.
[E] Houve uma “adaptação” do estilo americano para o brasileiro.

Resposta da questão 3:
 [D]

[Resposta do ponto de vista da disciplina Sociologia]
A sociedade moderna tem como um de seus pilares a Revolução Industrial. A linotipia é expressão dessa revolução ao permitir à sociedade uma produção em massa de materiais informacionais. Ou seja, não somente a produção industrial mudou com a invenção desses equipamentos, mas também os meios de comunicação e o acesso à informação por parte da população.

[Resposta do ponto de vista da disciplina Português]
[A] Pelo contrário, a invenção da linotipo otimizou a execução do material impresso.
[B] A técnica é nova e diferente da antiga tipografia com letras de chumbo.
[C] Deixou-se de compor os textos à mão como na tipografia tradicional.
[D] Correta. A otimização das impressões tornou os impressos bem mais baratos, o que contribuiu para a difusão de materiais informacionais, de jornais a materiais didáticos.
[E] Não há referência à inclusão de imagens nos impressos no texto em questão.

Resposta da questão 4:
 [A]

A expressão “até demais” e o uso da forma verbal “tem”, como sinônimo de haver, são de uso corrente na linguagem coloquial e contrastam com o advérbio “mui”, forma apocopada de “muito”, encontrada frequentemente em textos antigos como a Carta de Pero Vaz de Caminha, com a qual Murilo Mendes estabelece intertextualidade.

Resposta da questão 5:
 [C]

As palavras “tacape” e “tapanhumas” pertencem à língua indígena e estão presentes nos textos I e II respectivamente, o que é afirmado em C. A função conativa (ou apelativa) está presente nos imperativos do texto I, assim como a emotiva e a linguagem formal. Também ambos os textos apresentam função poética (organização das palavras com intenção estética), o que invalida as demais opções.

Resposta da questão 6:
 [A]

A mensagem é centrada no receptor e organiza-se de forma a influenciá-lo, ou chamar a sua atenção. O uso de verbos no imperativo (“mostre” e “guarde”) configura a função apelativa ou conativa da linguagem de maneira a persuadir o leitor e obter sua adesão ao consumo, sobretudo ao facilitar a forma de pagamento.

Resposta da questão 7:
 [E]

O “horóscopo” é normalmente publicado em colunas de jornais e revistas ou em sites de astrologia, fazendo prognósticos sobre a vida dos leitores e aconselhando-os em situações cotidianas: amor, família, saúde e trabalho. Expressões como “seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima”, “a área gástrica se ressentirá”,“na vida amorosa, que será testada” e “Sentirá vontade de olhar além das questões materiais” confirmam a opção e).  

Resposta da questão 8:
 [E]

O texto não apresenta subjetividade, tentativa de estabelecer comunicação com o receptor através de mensagens sem conteúdo, recursos literários ou figuras de linguagem expressivas, nem verbos no imperativo ou uso de pronomes em 2ª ou 3ª pessoas, indicativos da necessidade de convencer o leitor. Estas considerações descartam as opções a), b), c) e d), respectivamente. Portanto, apenas a e) é correta, na medida em que o texto visa apenas à informação objetiva, transmitindo impessoalidade em linguagem denotativa.  

Resposta da questão 9:
 [E]

Em um congresso acadêmico, um professor universitário deveria adequar a sua linguagem ao ambiente formal em que se encontra, ou seja, deveria usar o padrão culto da língua. Assim, seria inadequado o uso da expressão “a gente” como pronome indefinido, além das faltas de concordância das pessoas do discurso (3ª e 1ª) em frases como “ a gente corre risco de termos”, típicos da oralidade.

Resposta da questão 10:
 [B]

O fato de o jogador se expressar em linguagem formal e rebuscada surpreende o entrevistador, pois isso “não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão”, o que escapa da visão generalizada sobre a forma elementar de comunicação que muitas vezes é usada pelos jogadores de futebol.

Resposta da questão 11:
 [B]

A expressão “pegá eles sem calça” sugere a situação de surpresa que a estratégia de jogo produziria sobre o adversário, o que, em língua formal, poderia ser substituído por “pegá-los desprevenidos”.

Resposta da questão 12:
 [D]

Depreende-se que a notícia, publicada pela Gazeta Mercantil às vésperas de uma crise financeira no Brasil, pretende relacionar fatos passados e presentes, a fim de advertir as pessoas sobre o que se estava a passar na atualidade, ou seja, inter-relacionar causas e efeitos em momentos históricos diferentes visando ao entendimento da situação.

Obs: existe imprecisão na data mencionada no texto, pois a quebra da bolsa de 1929 ocorreu em 24 de Outubro, uma quinta-feira e não em 29.

Resposta da questão 13:
 [E]

O estudante admite que a vitória na Olimpíada de matemática é importante, pois tem consciência da competição acirrada entre aqueles que aspiram a um emprego e como um bom desempenho em determinada área pode ser importante para garantir o sucesso. No entanto, admite que, na dinâmica de uma sociedade em transformação, é difícil fazer previsões (“as coisas estão mudando muito rápido”, e “esse conceito de carreira mudou muito”).

Resposta da questão 14:
 [A]

A característica destacada por Rubem Braga (“atingir o máximo de matizes com o mínimo de detalhes”) está explícita no texto de Carlos Drummond de Andrade: “narrativa direta e econômica”.

Resposta da questão 15:
 [C]

Expressões como “embromatologia” e “escambau” revelam o tom sarcástico com que o autor critica a artificialização abusiva de alimentos tradicionais.

Resposta da questão 16:
 [B]

O neologismo “embromatologia” é formado pela associação bem-humorada de dois termos: “embromação” (ato de enganar) e “bromatologia” (estudo dos alimentos). Enquanto o primeiro pertence à gíria de uma variante linguística popular, o segundo remete ao campo da linguagem referencial, sugerindo uma pseudociência que descaracteriza o produto natural.

Resposta da questão 17:
 [D]

Enquanto Terena apela ao respeito pelas culturas indígenas (“Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes."), Hélio Jaguaribe expressa uma visão determinista que prevê como inevitável a aculturação dos índios e a sua incorporação à sociedade brasileira (“A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório”).

Resposta da questão 18:
 [B]

O tom grandiloquente do primeiro parágrafo, associando o uso de palavras estrangeiras a ataque inimigo e o projeto de lei que as proíbe à defesa da soberania nacional, expressa uma visão irônica que se confirma nas sugestões ao longo do texto, totalmente incabíveis, pois a língua decorre de um processo natural de comunicação que não se impõe por decreto nem proibições.

Resposta da questão 19:
 [A]

A substituição da preposição “de” por “em” transforma o adjunto adnominal “de rua”, que caracteriza o menino, em adjunto adverbial de lugar, “na rua”, ou seja, indica a localização e não a qualidade.

Resposta da questão 20:
 [E]

O texto I noticia a situação precária de um trabalhador que se vê obrigado a aceitar um emprego não correspondente a sua formação e com salário menor, a fim de fazer frente às despesas. O texto II aponta para uma possível explicação do fato, pois “atualmente”, dada a competição acirrada na área laboral, quanto mais baixa a qualificação, menor é a taxa de empregabilidade.

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